
Era uma vez um rapaz profundamente desconectado das futilidades emocionais dos dias de hoje, que vagueava pelo mundo convicto dos seus valores perante o lado sentimental e sonhador de cada um de nós, que de súbito, surpreendido por uma dádiva da vida ou simplesmente do acaso, decidiu realizar a viagem mais importante que alguma vez havia idealizado. Não daquelas viagens onde se somam quilómetros e cenários, mas sim daquelas viagens em busca de uma das coisas mais importantes da nossa existência enquanto seres afectivos. O amor.
Talvez essa seja a travessia mais difícil que fazemos na vida, talvez a mais longa, talvez a mais dura, mas sem qualquer espécie de dúvida é a viagem mais bonita que alguma vez podemos empreender. O rapaz, consciente que este percurso poderia implicar a passagem por vários tipos de realidades e percalços, avanços e recuos, realidades e magias, muniu-se da sua mochila de caminhada, da sua tenda para retemperar e recuperar energia e ânimos mais tristes, do seu cantil de emoções, do seu pequeno fogão de poesia e palavras calorosas e da sua imensa vontade e desejo de concretizar os seus sonhos conquistando por fim a mulher que tanto o faz acreditar que a maior felicidade da sua vida será caminhar nos trilhos futuros ao seu lado. Assim, se fez à estrada.
Como previamente havia pensado, uma das maiores dificuldades nas viagens de um caminhante são as imprevisibilidades meteorológicas que tantas vezes no ramo afectivo tentam dificultar o nosso caminho. O rapaz, fixado no seu objectivo e embora prefira ver sempre o sol a brilhar diante dos seus olhos e dos seus braços, preparou-se interiormente para os dias de chuva, de nuvens, de frio, de ausência e de saudade. Em nenhum momento passou pela cabeça do rapaz dar um único passo atrás, muito pelo contrário, em cada momento de aguaceiros procurava avançar até ao próximo porto seguro onde pudesse encontrar um gesto de conforto e carinho. Bebia então emoções, aquecia-se de poemas e dormia nos sonhos de um dia de sol.
Feliz e desejoso de partilhar os seus pequenos utensílios com o seu sonho, prometeu a si mesmo que se conseguir levar a sua viagem ao sucesso, tornará os dias da sua apaixonante vida eternas surpresas que voam como balões, com o encanto de um simples por do sol, com a loucura de jantar á beira-mar, com a magnificência de uma vista de pico de montanha, com a ligação de dois viajantes que se perdem entre olhares e sentimentos.
Já após várias semanas de viagem, o rapaz encontrou uma misteriosa porta no meio do deserto, a qual pode contornar, circundar, contemplar, mas algo lhe diz que é por ali que ele tem de ficar e que diante dele está a passagem para os seus sonhos. Agora a viagem será outra. Para que conste, o lume do seu fogão subitamente não se esgota neste local, bem como diante da porta existe uma pequenina nascente que alimenta o seu cantil nos momentos de maior saudade. O rapaz decidiu que iria tentar entrar.
Hoje em dia, o rapaz continua a morar na sua tenda sentimental bem juntinho da porta, percorrendo ao longo dos dias a sua envolvência e tentando com o lume do seu fogão moldar a chave de um coração. Hoje o rapaz recorda toda a viagem já realizada, todas as chuvas, todos os sóis, e diz: Hei, ouves-me desse lado? Dormirei aqui ao relento, com o lume do teu coração, até a chave abrir. Espero por ti. Boa noite sonho. Gosto de ti*
Talvez essa seja a travessia mais difícil que fazemos na vida, talvez a mais longa, talvez a mais dura, mas sem qualquer espécie de dúvida é a viagem mais bonita que alguma vez podemos empreender. O rapaz, consciente que este percurso poderia implicar a passagem por vários tipos de realidades e percalços, avanços e recuos, realidades e magias, muniu-se da sua mochila de caminhada, da sua tenda para retemperar e recuperar energia e ânimos mais tristes, do seu cantil de emoções, do seu pequeno fogão de poesia e palavras calorosas e da sua imensa vontade e desejo de concretizar os seus sonhos conquistando por fim a mulher que tanto o faz acreditar que a maior felicidade da sua vida será caminhar nos trilhos futuros ao seu lado. Assim, se fez à estrada.
Como previamente havia pensado, uma das maiores dificuldades nas viagens de um caminhante são as imprevisibilidades meteorológicas que tantas vezes no ramo afectivo tentam dificultar o nosso caminho. O rapaz, fixado no seu objectivo e embora prefira ver sempre o sol a brilhar diante dos seus olhos e dos seus braços, preparou-se interiormente para os dias de chuva, de nuvens, de frio, de ausência e de saudade. Em nenhum momento passou pela cabeça do rapaz dar um único passo atrás, muito pelo contrário, em cada momento de aguaceiros procurava avançar até ao próximo porto seguro onde pudesse encontrar um gesto de conforto e carinho. Bebia então emoções, aquecia-se de poemas e dormia nos sonhos de um dia de sol.
Feliz e desejoso de partilhar os seus pequenos utensílios com o seu sonho, prometeu a si mesmo que se conseguir levar a sua viagem ao sucesso, tornará os dias da sua apaixonante vida eternas surpresas que voam como balões, com o encanto de um simples por do sol, com a loucura de jantar á beira-mar, com a magnificência de uma vista de pico de montanha, com a ligação de dois viajantes que se perdem entre olhares e sentimentos.
Já após várias semanas de viagem, o rapaz encontrou uma misteriosa porta no meio do deserto, a qual pode contornar, circundar, contemplar, mas algo lhe diz que é por ali que ele tem de ficar e que diante dele está a passagem para os seus sonhos. Agora a viagem será outra. Para que conste, o lume do seu fogão subitamente não se esgota neste local, bem como diante da porta existe uma pequenina nascente que alimenta o seu cantil nos momentos de maior saudade. O rapaz decidiu que iria tentar entrar.
Hoje em dia, o rapaz continua a morar na sua tenda sentimental bem juntinho da porta, percorrendo ao longo dos dias a sua envolvência e tentando com o lume do seu fogão moldar a chave de um coração. Hoje o rapaz recorda toda a viagem já realizada, todas as chuvas, todos os sóis, e diz: Hei, ouves-me desse lado? Dormirei aqui ao relento, com o lume do teu coração, até a chave abrir. Espero por ti. Boa noite sonho. Gosto de ti*