Ainda que de relance, fito os teus olhos, e ainda que de relance desvio o olhar. Não resisto e fito os teus olhos de novo. É agora; mergulho num oceano em estado meditativo. Mergulho nos rasgos de carinho e caricia que as palmas da tua mão me oferecem. Mergulho no desejo, de que o frio que me entra pelas costas, se converta em calor das tuas mãos, das tuas simples e humanas mãos a percorrerem as minhas costas, e me agarrarem pele, com pele.
Posso tocar a tua face? Posso não parar de tocar a tua face? Mesmo quando estiveres tudo menos perto de mim, eu fico a fazer festas à atmosfera; algures nessa atmosfera, a tua face está em contacto com a minha mão, através de átomos e moléculas e afins.
Estou aqui ainda, e tu aí, aqui.
Encosta-te a mim...
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