Estou na paragem, não te esqueças!
Esta era a única indicação que tinha no trajecto rumo ao rapto, ou não rapto, ou fuga, ou não fuga, para o quentinho. No carro nem se tava mal, mas lá fora, o frio ia de encontro ao plano de hoje. Encostei na paragem, abri a porta, e subimente o frio deu-me razão e disse-me: Aproveita Filipe, é um belo dia de abraços ! Tendo já braços para abraçar, pé na embraiagem, acelerador, e vamos lá pra esse mundo.
Sou mesmo estupido. Chego ao mundo dos abraços e abro as janelas. Espera, se calhar não sou assim tão estupido. Foi intuitivo. O frio deu-me mais stock de abraços. E os braços que dariam abraços, estavam tão quentinhos que até fecharam olhos para viagens subconscientes de 20 minutos.
Cumpri as ordens do frio. Abraçei incessantemente. Abraçei do tipo ligado. Abraçei do tipo observador. Abraçei do tipo " não quero sair deste mundo ". Abraçei do tipo, lá fora realmente está frio. Abraçei do género: é bom gostar, e abraçar!
Travado um combate com o frio, regressei ao carro, agora com uns braços e mais que uns braços, mais meus, e mais teus.
Estás na paragem, não me esquecerei, de hoje...
Até já, agora.
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