E quando as palavras se libertam de nós em forma de desabafo, em jeito de necessidade, em sinal de confiança e partilha, em pedido de um ombro ou de um abraço forte? E quando sentimos que diante dos nossos olhos está um sitio seguro onde podemos segredar e repousar as nossas palavras? E quando desse sitio recebemos tudo o que precisamos: um ouvido, um sorriso, um abraço, uma carícia, e como bónus, um chocolate? É quando sentimos efectivamente que esse sitio é o nosso lugar, que essa pessoa é a outra margem de nós, que nós somos o cais dessa pessoa. Refiro-me obviamente a ti.
Acredito que na maioria das vezes o que conta, é se as pessoas longe ou perto fisicamente, “ estão lá “ ou não nos momentos de maior importância, nos momentos em que mais sentimos necessidade daquele gesto, palavra ou simplesmente silêncio ouvinte. Acredito que com muito maior probabilidade se constroem futuros risonhos partilhando todo o tipo de momentos e estados de espíritos, e acredito que por vezes sem sentirmos, a palma da nossa mão pode ser um pedaço de chão firme, um pequeno lume confortante que a outra margem de nós precise para se aquecer.
Sinto dia após dia, que talvez consiga ser uma espécie de lugar do mundo criado especialmente para ti, particularmente para nós.
Talvez nunca na minha vida as minhas expressões e os meus olhos tivessem falado tanto ao ponto de toda a minha envolvência se aperceber daquilo que eu sinto por ti, dos meus olhos brilharem com a intensidade que brilham sempre que me ocorre a tua existência, o que diga-se, é constante. Pedrinha após pedrinha, vamos construindo o nosso humilde castelo.
Hoje, mais e mais, quero ficar contigo. Somos.
P.S. Ecoa na minha cabeça a música do Leep year. Tu sabes o nome, tu sabes o que sonho*
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