segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Fazer valer.

Talvez seja também em horas mais agitadas que somos a definição de ombro, cara-metade, pedaço de tudo e pedaço de nós mesmos. Talvez nem sempre consigamos ter a palavra solução no momento, talvez necessitemos de ficar simplesmente ali disponíveis na certeza que a outra metade irá precisar de nós, irá desejar um abraço forte e que no fundo somos uma espécie de abrigo sempre esperando e trazendo a calma, gesto após gesto.

Relembro agora a minha definição de amar, talvez actualmente ultrapassada, ou então não, amar efectivamente é estar lá quando as cordas onde caminhamos vibram repentinamente, dar a mão, apertar com força em forma de “ estou aqui “, participar do equilíbrio do outro, do equilíbrio comum, de forma a que uma caminhada a dois no trapézio da vida seja ver e sentir as coisas de um outro nível, e serem no fundo os dois, uma espécie de mundo num só.

Amar efectivamente não é só saber navegar com alguém quando o mar está sem ondas, é equilibrar emoções nas vagas imprevisíveis segurando com muita força quem queremos levar do nosso lado, sem deixar que em nenhum momento se afunde a nossa esperança de partilhar a vida nessa viagem.

Quero desta forma dizer que estou do teu lado em todos os oceanos, nos nórdicos e gelados, nos mais temperados dos trópicos e até mesmo nos equatoriais. Em todas emoções, em todos os momentos em que, lembrando, fazemos valer a pena. Somos um mundo que transcende a generalidade de tudo.

Sabemos o que somos. Sabemos na perfeição.

Sabemos de coração.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O dia.

Talvez os sonhos tenham o seu momento, a sua hora, a sua circunstância e local, a sua imprevisibilidade e surpresa ao se revelarem. Talvez os meus sonhos, todos os que tenho relatado no meu blog como uma espécie de Diário da Tua Conquista tenham feito sentido. E que sentido. Talvez sonhar atravessando o deserto sem saber se algum dia iria conseguir chegar ao meu destino e ao meu sonho tenha sido de facto a maior travessia da minha vida e estou certo que em nenhum outro momento lutei tanto por um sonho, por alguém, como por ti. Talvez todos aqueles momentos mais dificeis em que te via simplesmente como uma miragem à qual em nenhum segundo virei costas e pelo contrário escalei árduamente na tua direcção me façam sentir agora como me sinto. Como me sinto? Tu sabes! Talvez as lágrimas libertadas no momento que tanto sonhei tenham sido o retrato de tudo o que ia dentro de mim e das minhas emoções.

Talvez seja ridículo dizer isto, mas a minha felicidade é tanta neste momento que se procurar uma forma de extravasar tudo o que sinto, não consigo, fico sem reacção e simplesmente sorrio incessantemente. Proporcionas-te-me a situação mais marcante da minha vida; nunca pensei que um gesto tão simples pudesse ter a repercução que teve em mim, foi simplesmente a coisa mais bonita que alguma vez me fizeram. Ainda agora, neste momento se fechar os olhos tudo me parece surreal e ao mesmo tempo sinto-me embúido num sonho profundo que ainda nem acredito que já é real.

Proponho-me ainda assim a nunca deixar de caminhar, nunca estagnar neste sentimento impressionante que tenho por ti, caminharemos os dois agora, na busca da eterna novidade de cada dia, vendo no inverno o que foi visto no verão, desfrutando às estrelas o que já desfrutámos ao sol, repousando as folhas de outono que havemos de erguer na primavera, trilhando o nosso próprio caminho com todos os sonhos que já partilhámos um com o outro e que fazem tanto sentido serem vividos por nós dois, lado a lado.

Somos, temos dito. Somos efectivamente um pedaço de qualquer coisa que transcende a generalidade do mundo. Somos nós simplesmente.

Porque valorizas as palavras e os gestos,

Feliz*

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Momentos.

E quando as palavras se libertam de nós em forma de desabafo, em jeito de necessidade, em sinal de confiança e partilha, em pedido de um ombro ou de um abraço forte? E quando sentimos que diante dos nossos olhos está um sitio seguro onde podemos segredar e repousar as nossas palavras? E quando desse sitio recebemos tudo o que precisamos: um ouvido, um sorriso, um abraço, uma carícia, e como bónus, um chocolate? É quando sentimos efectivamente que esse sitio é o nosso lugar, que essa pessoa é a outra margem de nós, que nós somos o cais dessa pessoa. Refiro-me obviamente a ti.

Acredito que na maioria das vezes o que conta, é se as pessoas longe ou perto fisicamente, “ estão lá “ ou não nos momentos de maior importância, nos momentos em que mais sentimos necessidade daquele gesto, palavra ou simplesmente silêncio ouvinte. Acredito que com muito maior probabilidade se constroem futuros risonhos partilhando todo o tipo de momentos e estados de espíritos, e acredito que por vezes sem sentirmos, a palma da nossa mão pode ser um pedaço de chão firme, um pequeno lume confortante que a outra margem de nós precise para se aquecer.

Sinto dia após dia, que talvez consiga ser uma espécie de lugar do mundo criado especialmente para ti, particularmente para nós.

Talvez nunca na minha vida as minhas expressões e os meus olhos tivessem falado tanto ao ponto de toda a minha envolvência se aperceber daquilo que eu sinto por ti, dos meus olhos brilharem com a intensidade que brilham sempre que me ocorre a tua existência, o que diga-se, é constante. Pedrinha após pedrinha, vamos construindo o nosso humilde castelo.

Hoje, mais e mais, quero ficar contigo. Somos.

P.S. Ecoa na minha cabeça a música do Leep year. Tu sabes o nome, tu sabes o que sonho*

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sonho em pedido.

Nas asas do sonho rumo ao teu coração. Esta é das frases mais emblemáticas dos últimos dias, pelo menos será das que mais ecoa na minha cabeça como um alerta para que eu não pare nunca de bater as asas. Hoje o mundo parou por instantes, restando somente uma única referência temporal perceptível: o batimento acelerado do meu coração. Talvez hoje seja daqueles dias em que se só nos fosse permitida uma palavra, uma expressão ou um desabafo eu diria, quero-te. Efectivamente vivemos muito mais do que banalidades, transformamos a nossa envolvência em recordações eternas, trilhamos literalmente caminhos lado a lado, partilhamos até os mesmos passos, a mesma cadência, os mesmos olhares , as mesmas confidências, as mesmas paisagens, os mesmos sorrisos e lá no fundo dos mesmos sonhos para o nosso futuro.

Sinto verdadeiramente que temos muito mais a viver e a descobrir do que aquilo que até agora já encontrámos e partilhámos, que já é tanto, e tão mágico. Lembras-te daquele rio ontem? Daquelas montanhas? De uma linha aparentemente abandonada mas cheia de tanto para contar e mostrar? Talvez sejamos uma mistura de tudo isso, pela dimensão da nossa ligação, pelas àguas em que vamos flutuando os dois, pela linha que no fundo, não tem fim.

Talvez nunca te tenha visto sorrir da forma como hoje sorris-te para mim. Efectivamente estavas muito feliz. Os sentidos do mundo decifram-se em momentos como aqueles que nós dois temos o poder de criar. A criação que temos o poder de conceber é muito mais que uma simples emoção. A emoção que temos a capacidade de desfrutar, é o lume que alimenta a minha vontade de te conquistar. Conquistar-te é o maior sonho da minha vida.

Vamos criar o nosso próprio trilho, vamos trilhar o nosso próprio caminho, vamos caminhar nos nossos próprios sonhos, vamos sonhar com a nossa vida, vamos viver um junto do outro.

Que o mundo , esse por onde caminhamos lado a lado, seja testemunha da vontade que tenho de fazer de ti a mulher mais feliz do mundo*

Dá-me a tua mão*