Hoje mergulhei de novo nos meus pensamentos, já com algumas
saudades do uso da escrita para libertar as energias negativas e começo
precisamente por estas, as negativas, o meu devaneio de hoje. Segundo li
algures, não importando no caso a fonte da citação dada a sua casualidade e
pouca ciência, o famoso cantor Prince terá dito que não odeia ninguém, porque
no ato de odiar desperdiça grande parte das energias que dispõe para viver, e o
dispêndio de energias no ódio, é claro está, um grande e efetivo desperdício. Redundante
terá sido isto que terminei mesmo agora de escrever, mas talvez tenha o seu
sentido, estou em querer. Se calhar é este o motivo pelo qual o mundo não tem
força para mudar radicalmente e evoluir num sentido mais proveitoso. As pessoas
desperdiçam demasiado da sua energia com ódios e batalhas morais, tendo sempre
uma opinião até para aquilo a que não foram chamadas a opinar, e não me venham
dizer que isso é ser socialmente interventivo ou qualquer coisa que o valha
porque na minha humilde opinião não passa poluição sonora e monopolizadora.
Talvez devêssemos focar-nos mais no nosso umbigo e naquilo que podemos
proporcionar de positivo ao mundo, porque ou achamos que isto está mau de mais
para existir futuro e nós próprios desistimos de contribuir para ele, ou
sabemos perfeitamente que um dia no futuro existirão laços nossos a arcar com
as consequências da nossa mediocridade, arrogância e prepotência.
É certo que há
pessoas que nos magoam, que nos ferem, que nos humilham, mas ainda assim, a
energia que gastamos a odiá-los pode perfeitamente ser canalizada para qualquer
coisa de positiva como o amor, como o conhecimento cultural sem julgamento de princípios,
como o empreendedorismo responsável e sustentável. Parecem coisas imiscíveis o
ódio ou o amor, com o ser-se empreendedor, mas talvez não seja, se tivermos em
conta que os nossos esforços em ambos os campos provêm da mesma energia e da mesma
força de vontade, acumulada nas nossas crenças, nos nossos sonhos, nas nossas convicções
e nos nossos valores. Ainda assim, não nos podemos esquecer que ao longo dos
tempos existem pessoas que insistem em deturpar princípios inalteráveis. Talvez
tenham nascido sem umbigo e a inveja subiu-lhes ao cérebro.
Talvez devêssemos aprender mais com os peixes do oceano. Se virmos
bem, também se matam e esfolam uns aos outros, como na nossa sociedade tanto
acontece, os grandes engolem de uma vez dezenas de pequenos como os grandes
empresários e apesar desta realidade atroz semelhante à terra, permitem que o
seu ambiente de vivência permaneça um encanto, sem auto estradas, sem corrupção,
sem vícios tecnológicos ou de estupefacientes , vivendo cada dia ao sabor da
maré, da corrente e do oxigénio que as guelras ainda vão conseguindo
aproveitar, sem petróleo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário