sábado, 18 de agosto de 2012

O anti-ódio.

Hoje mergulhei de novo nos meus pensamentos, já com algumas saudades do uso da escrita para libertar as energias negativas e começo precisamente por estas, as negativas, o meu devaneio de hoje. Segundo li algures, não importando no caso a fonte da citação dada a sua casualidade e pouca ciência, o famoso cantor Prince terá dito que não odeia ninguém, porque no ato de odiar desperdiça grande parte das energias que dispõe para viver, e o dispêndio de energias no ódio, é claro está, um grande e efetivo desperdício. Redundante terá sido isto que terminei mesmo agora de escrever, mas talvez tenha o seu sentido, estou em querer. Se calhar é este o motivo pelo qual o mundo não tem força para mudar radicalmente e evoluir num sentido mais proveitoso. As pessoas desperdiçam demasiado da sua energia com ódios e batalhas morais, tendo sempre uma opinião até para aquilo a que não foram chamadas a opinar, e não me venham dizer que isso é ser socialmente interventivo ou qualquer coisa que o valha porque na minha humilde opinião não passa poluição sonora e monopolizadora. Talvez devêssemos focar-nos mais no nosso umbigo e naquilo que podemos proporcionar de positivo ao mundo, porque ou achamos que isto está mau de mais para existir futuro e nós próprios desistimos de contribuir para ele, ou sabemos perfeitamente que um dia no futuro existirão laços nossos a arcar com as consequências da nossa mediocridade, arrogância e prepotência.

 É certo que há pessoas que nos magoam, que nos ferem, que nos humilham, mas ainda assim, a energia que gastamos a odiá-los pode perfeitamente ser canalizada para qualquer coisa de positiva como o amor, como o conhecimento cultural sem julgamento de princípios, como o empreendedorismo responsável e sustentável. Parecem coisas imiscíveis o ódio ou o amor, com o ser-se empreendedor, mas talvez não seja, se tivermos em conta que os nossos esforços em ambos os campos provêm da mesma energia e da mesma força de vontade, acumulada nas nossas crenças, nos nossos sonhos, nas nossas convicções e nos nossos valores. Ainda assim, não nos podemos esquecer que ao longo dos tempos existem pessoas que insistem em deturpar princípios inalteráveis. Talvez tenham nascido sem umbigo e a inveja subiu-lhes ao cérebro.

Talvez devêssemos aprender mais com os peixes do oceano. Se virmos bem, também se matam e esfolam uns aos outros, como na nossa sociedade tanto acontece, os grandes engolem de uma vez dezenas de pequenos como os grandes empresários e apesar desta realidade atroz semelhante à terra, permitem que o seu ambiente de vivência permaneça um encanto, sem auto estradas, sem corrupção, sem vícios tecnológicos ou de estupefacientes , vivendo cada dia ao sabor da maré, da corrente e do oxigénio que as guelras ainda vão conseguindo aproveitar, sem petróleo.