segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Lembrei-me da morte.

Hoje, casualmente, lembrei-me das minhas recentes leituras, que embora poucas, me ofereceram belas viagens pelo mundo das estranhezas. Imaginem voçês que a morte é de carne e osso, se passeia por este mundo embora que invisível, e nos olha tanto de perto como ao longe com uma indiferença gélida? Mais que isso, imaginem que ela pura e simplesmente decide fazer greve de serviços? Conseguem sequer imaginar o caos mundano que se instalaria diante dos vossos olhos?

Agora de outro ponto de vista, imaginem também, se por acaso essa digna senhora, de seu nome morte, com m minúsculo, porque a Morte, com M maiúsculo ainda estará para vir no fim dos tempos, imaginem se ela decidisse avisar com 8 dias de antecedência que cada um de nós se sucumbiria? Que pânico viveríamos?

Não faz sentido pensar neste tipo de questões, principalmente para quem a morte seja simplesmente um mero acontecimento.

Mas não se esqueçam; o correio também falha e troca destinatários. As cartas registadas que a morte envia...podem chegar ao destino, pela via do destino, ou pela via da derrota.

Um comentário:

  1. Arrepiante e ao mesmo tempo Bonito lol
    Melodiosa a última parte.
    Aqueles que têm cartas registadas, fogem qnd em casa o pombo não o encontra. Deixa ele um aviso. Aqueles que a abrem sabem que está anunciada essa tal morte.
    Muitos despertam...enfrentam esse facto e vão buscá-la. Tentam por todos os meios enviá-la de novo.
    Outros recebem-na em mãos...já foi tarde de mais. Não há volta a dar. Olham para trás e vêem os avisos ignorados...

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