segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Lembrei-me da morte.

Hoje, casualmente, lembrei-me das minhas recentes leituras, que embora poucas, me ofereceram belas viagens pelo mundo das estranhezas. Imaginem voçês que a morte é de carne e osso, se passeia por este mundo embora que invisível, e nos olha tanto de perto como ao longe com uma indiferença gélida? Mais que isso, imaginem que ela pura e simplesmente decide fazer greve de serviços? Conseguem sequer imaginar o caos mundano que se instalaria diante dos vossos olhos?

Agora de outro ponto de vista, imaginem também, se por acaso essa digna senhora, de seu nome morte, com m minúsculo, porque a Morte, com M maiúsculo ainda estará para vir no fim dos tempos, imaginem se ela decidisse avisar com 8 dias de antecedência que cada um de nós se sucumbiria? Que pânico viveríamos?

Não faz sentido pensar neste tipo de questões, principalmente para quem a morte seja simplesmente um mero acontecimento.

Mas não se esqueçam; o correio também falha e troca destinatários. As cartas registadas que a morte envia...podem chegar ao destino, pela via do destino, ou pela via da derrota.

sábado, 4 de setembro de 2010

Por cada...

Por cada canto, por cada sonho,
Por cada momento seja triste ou risonho,
Por cada hora, por cada segundo,
Por cada espaço seja deste ou outro mundo,
Por cada olhar, por cada palavra,
Por cada frase seja simples ou mais cara,
Por cada imagem, por cada memória,
Por cada miragem que se transformou em história,
Por cada homem, por cada mulher,
Por cada amor do qual se sente o que se quer,
Por cada pai, por cada fruto,
Por cada vida que se transformou em luto,
Por cada mãe, por cada sorriso,
Por cada coisa que se tem do que é preciso,
Por cada mapa, por cada sítio,
Por cada acto de amor ou sacrifício,
Por cada espelho, por cada retrato,
Por cada amigo que se trata com bom trato,
Por cada pão, por cada riqueza,
Por cada bem essencial que tenho à mesa,
Por cada choro, por cada paixão,
Por cada um que faça disto uma canção
Por cada conquista, por cada dor,
Por cada artista que sobe ao palco com fulgor,
Por cada nome, por cada tema,
Por todos vós, para cada um, este poema !