terça-feira, 12 de abril de 2011
Até um dia, espero.
" Amanhã, construimos um mundo novo, em familia e em povo, nesta aliança e compromisso. " Foram estas parte das palavras que marcaram a minha recta final num percurso que de tão profundo, me enche de nostalgia. Choro simplesmente ao recordar as imagens que perpetuam na minha memória, de todos os momentos, todas as actividades, todas as caminhadas, todas as contrariedades e toda a partilha que me fez crescer como jovem adulto de lenço vermelho ao peito. Pouco conseguirão imaginar o significado que todas as letras que escrevi têm para mim, culminando com o hino do Rover 2010. Poucos terão noção da forma especial, e muito pessoal com que vivi o escutismo e o caminheirismo. Poucos terão noção da dor que sinto na hora do abandono. Não me esqueço de nada nem de ninguém e a todos os que em algum momento se cruzaram comigo nesta caminhada, agradeço do fundo do coração. Infelizmente no escutismo, nem tudo o que aprendemos ao longo dos anos corresponde à realidade e só quando chegamos a esta fase e a esta idade nos conseguimos aperceber disso. Ainda assim, acredito que não se pode generalizar, e que haverá oportunidades fantásticas por esse mundo fora. Espero um dia ter a possibilidade de concretizar os sonhos que ainda tenho neste sentido, da partilha, do crescimento, do voluntariado, tendo noção que possuo ainda uma mentalidade da " era do romantismo " em que os sonhos eram sempre possíveis e na qual a vida era simplesmente bela. Apesar de muitos não acreditarem, ainda tenho muito para dar, aprendi muito mesmo nos momentos de discórdia, com pessoas que aparentemente nada de novo me haviam ensinado. No fundo foram essas pessoas que acabaram por me fazer viver isto que para uns será nada, mas que para mim é tudo. Jamais me esqueceria de mencionar os eternos companheiros de guerra; Pedro Nunes, Mauro Monteiros, Paulo Almeida e Nuno Roque. Sem voçês, a viagem não teria tido paisagem, seria só viagem. É importante para mim também, neste momento, agradecer a alguém que tantas vezes afrontei, de forma excedida por vezes, dentro do meu espirito insubmisso e de não resignação. Ao meu chefe de clã, que sempre o foi, longe ou perto, ausente ou presente, mas que sem dúvida me ajudou a crescer muito na minha maturidade, personalidade, motivação e aprendizagem durante os meus 4 anos e uma vida de caminheiro. Sequeira, muito obrigado. A todos, os que no agrupamento, na região, e no país, contribuiram para ser quem sou, por esses trilhos da vida onde tantas vezes andamos errantes e sem rumo, um imenso e profundo obrigado. Não me queria despedir de ninguém, apenas gostaria de dizer, até já. Com uma forte canhota. Filipe
Assinar:
Postagens (Atom)